mercado de ações Publicado em 5 de maio de 2011 negócios DN
Maior rede de farmácias do País, com 425 lojas instaladas em dezenas de municípios brasileiros e faturamento da ordem de R$ 2,23 bilhões, em 2010, o Grupo Pague Menos vai abrir o capital, conforme o Diário do Nordeste informou na último dia 3 deste mês, com a perspectiva de captar entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão, a partir do lançamento de ações. O objetivo da operação é arrecadar recursos para instalação de 300 novas lojas no País, implantação de um centro de distribuição de medicamentos e produtos farmacêuticos no Sudeste, e incremento dos demais negócios do grupo. A cifra esperada com a operação foi antecipada na noite de ontem pelo presidente do Grupo Pague Menos, Deusmar Queirós, minutos antes de ministrar palestra na solenidade de lançamento do Núcleo de Soluções Corporativas, na sede da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec). Segundo o empresário, a estratégia é abrir 30% do capital da empresa e agregar entre dois mil e três mil novos sócios ao grupo.
Conforme explicou, há três formas de se obter dinheiro para expandir os negócios: usar recursos próprios, pedir emprestado ou abrir o capital na Bolsa de Valores, o que para ele é o caminho mais natural às empresas que apresentam crescimento sustentável e recorrente. “Estou lançando ações ordinárias com direito a voto. Hoje, não faz mais sentido lançar ações preferenciais, que não dão direito a voto, porque não têm mais aceitação no Brasil”, avaliou.
Estreia em outubro
Conforme disse Queirós, a perspectiva é encaminhar, em julho próximo, o balanço financeiro deste semestre para a análise da Comissão de Valores Imobiliários (CVM) e, a partir de agosto, realizar “hot shows” no exterior, para apresentação da empresa a grupos de investidores estrangeiros. “Nossa expectativa é que em outubro ocorra a estreia do Grupo Pague Menos na Bolsa”, disse o empresário.
Ele ressaltou, no entanto, que não pretende abrir mão do controle da empresa, explicando que continuará com 70% das ações, sendo 90% distribuídos entre ele e os filhos e 10% de propriedade do sócio. Deusmar destacou ainda a iniciativa de um grupo de nove empresas cearenses, que se reuniu para formar o Núcleo de Soluções Corporativas. “Trata-se de uma joint venture para prestação de serviços de marketing e publicidade, contabilidade e abertura de empresas, direito empresarial, comércio exterior, registro de marcas e patentes, em um só lugar”, explicou um dos integrantes, Gerson Fonteles.
CARLOS EUGÊNIO
REPÓRTER
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=975515