Aconteceu assim a escolha do economista Jurandir Santiago para a presidência do Banco do Nordeste (BNB). Na primeira articulação, no início do ano, a própria presidente Dilma mandou um recado ao PT: “Não é saudável que ogestor de uma instituição financeira pública se prolongue por tanto tempo no cargo”. Roberto Smith, há oito anos à testa do BNB, foi o primeiro a entender a decisão da presidente. Guido Mantega, ministro da Fazenda, recebeu dela a tarefa de conduzir o processo de substituição de Smith, acolhendo a indicação dos economistas Sydrião Alencar e Isidro Siqueira, ambos dos quadros técnicos do banco. No meio dos dois, Mantega incluiu o nome de Miguel Terra e tentou forçar sua indicação junto ao governador Cid Gomes e ao deputado petista José Guimarães, com os quais, por determinação da presidente Dilma Roussef, tratava do assunto. Indicação vetada. Mantega passou, então, a fazer novas reuniões com os atores políticos interessados na questão. A uma dessas reuniões esteve presente Roberto Smith, que pôs na mesa o nome de Jurandir Santiago, ex-superintendente da Caixa Econômica no Ceará, ex-subsecretário de Cidades do Governo do Estado, presidente da Cagece até o dia 6 e um gestor que encantou o governador Cid Gomes, que logo endossou a sugestão, também apoiada por Guimarães. Jurandir Santiago chega à presidência do BNB com todas as honras.
BNB: governadores curiosos
Os governadores do Nordeste, que se reuniram ontem aqui para tratar de Reforma Tributária, pediram ao seu anfitrião Cid Gomes informações sobre o economista Jurandir Santiago, recém nomeado pela presidente Dilma Roussef para a presidência do Banco do Nordeste. “É profissional da área financeira muito competente e austero, vocês verão”, disse Cid.
Fonte Coluna Egídio Serpa
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