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Retorno das vendas ainda é lento no comércio da Capital (Entrevista Cid Alves)

By 15/04/2021No Comments

Na última segunda-feira (12), o comércio de rua e de shoppings voltou a abrir ao público em Fortaleza, após praticamente um mês fechado devido decreto estadual que estabelecia distanciamento social em vigor para conter o avanço da pandemia da Covid-19. No entanto, o retorno das vendas ainda ocorre lentamente.

Apesar da grande movimentação de pessoas, principalmente no Centro de Fortaleza, as vendas ainda não suprem as expectativas projetadas pelos lojistas. De acordo com o Presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves, ainda é baixo o número de clientes comprando.

“As vendas ainda não correspondem ao que a gente imaginou, ao que a gente projetou e até ao que a gente preparou, mas a quantidade de pessoas circulando aumentou consideravelmente. Está muito acima do que vinha acontecendo quando estávamos em lockdown”, observa Cid Alves.

Adriana Garcia, que é vendedora em uma loja de utilidades e cosméticos na Rua Barão do Rio Branco, no Centro, fala sobre o movimento fraco. “Antes do lockdown, a loja era mais movimentada, as vendas estavam indo bem, principalmente no final do ano, mas já começamos a sentir caindo em fevereiro, quando não teve o Carnaval, que também é uma das datas que mais vendemos. Agora, com esse retorno, acho que vai ser lento mesmo, pois ainda tem gente com medo de sair de casa. Quem vem, até entra nas lojas, mas compra pouco”, conta.

Gradual
A reabertura das atividades econômicas não essenciais no Estado está acontecendo de forma gradual. No Centro, as lojas abrem às 10 horas e fecham às 16 horas. Já nos shoppings, as lojas funcionam de 12 horas às 18 horas. Também foi reduzido a capacidade de atendimento para 25%, esta é uma das formas para evitar aglomerações dentro dos estabelecimentos.

Os horários de funcionamento reduzidos e diferenciados foram estabelecidos para evitar as aglomerações no deslocamento dos trabalhadores, principalmente dentro dos ônibus, sendo esta uma das maiores reclamações de vulnerabilidade ao contágio do vírus.

Nesta retomada, os protocolos sanitários também foram reforçados entre os lojistas. As filas formadas nas portas das lojas são para controlar a circulação de pessoas sem causar lotação. Para entrar, os clientes são obrigados a estarem de máscara e assim permanecer dentro dos estabelecimentos, além do uso de álcool em gel.

Impacto

Na avaliação de Cid Alves, o impacto após o período de lockdown para os lojistas está sendo enorme. “Não estamos vendendo nada. Agora, comparando quando as lojas encontravam-se fechadas, estamos vendendo pouco, o que significa muito quando não vendíamos nada”, afirma.

Para o presidente do Sindilojas Fortaleza, a expectativa de melhoria deve vir quando os recursos, que estão sendo pagos à população como o auxílio emergencial e auxílios dos governos estadual e municipal, comecem a circular e movimente a economia. “Espera-se que circule dinheiro, movimentando a economia, e que as vendas possam ser, não diria nem restabelecidas em relação ao ano passado, mas acho muito difícil, quase impossível”, projeta.

Fonte: https://www.oestadoce.com.br/economia/retorno-das-vendas-ainda-e-lento-no-comercio-da-capital/