A secretária Luiza Perdigão classificou como “nitroglicerina pura” o clima no Centro de Fortaleza entre as autoridades municipais, os vendedores de CDs e DVDs piratas e a Polícia Militar. “É a primeira guerra civil que acontece aqui”, disparou. Após a denúncia de que uma milícia que protegeria a venda de CDs e DVDs piratas no Centro ameaçou de morte a secretária, publicada no O POVO de ontem, Luiza Perdigão convocou entrevista coletiva.
secretária Luiza Perdigão classificou como “nitroglicerina pura” o clima no Centro de Fortaleza entre as autoridades municipais, os vendedores de CDs e DVDs piratas e a Polícia Militar. “É a primeira guerra civil que acontece aqui”, disparou. Após a denúncia de que uma milícia que protegeria a venda de CDs e DVDs piratas no Centro ameaçou de morte a secretária, publicada no O POVO de ontem, Luiza Perdigão convocou entrevista coletiva. Segundo a secretária, o reordenamento de praças e calçadas do Centro não tem como ser finalizado por causa do clima de violência que se instaurou. Tudo porque para organizar, seria preciso cadastrar, inclusive, os camelôs de CDs e DVDs piratas. “Mas a gente não tem como ordenar quem vende produto ilegal. Isso é caso de Polícia. Mas por que a Polícia não toma conta disso? O que fazer para reordenar quando a Polícia não reconhece que isso é um problema? Se isso não é um problema pra Polícia, é problema pra quem?”, questionou.
Luiza Perdigão lembra que, em 2010, o efetivo de policiais militares do Centro foi reduzido. “Também tinham prometido a criação do Batalhão Especial do Centro, que não aconteceu”, relata. Questionada se a postura da Polícia representa falha ou má vontade, Luiza diz acreditar “que isso é uma coisa pequena”. “É preciso que os órgãos de segurança pública do Estado do Ceará venham tomar conta da situação do Centro”, diz.
Luiza Perdigão informou que hoje ela deve se reunir com o novo titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), coronel José Bezerra, a quem pedirá apoio para continuar o reordenamento de praças e calçadas do Centro. Ela afirma ter procurado a SSPDS ainda na gestão do secretário Roberto Monteiro, mas que teve “pouca resposta”. “Espero sinceramente que possamos ter paz para continuar um trabalho que é tão importante para a cidade”, afirma. (Mariana Lazari)
Fonte: jornal O POVO
www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2011/01/13/noticiafortalezajornal,2088992/secretaria-diz-que-centro-vive-guerra-civil.shtml