Quem vai ao Centro nessa época precisa enfrentar o trânsito confuso (FOTO JORGE ALVES)
A três dias do Natal, o Centro de Fortaleza ignora qualquer mensagem de amor e solidariedade expressa na data. Ainda vale a lei do mais forte, e, lá, o mais forte é sempre o carro. Pedestres saltam calçadas para desviar de veículos atravessados, senhoras driblam poças de lama, mas dão de cara com bicicletas. Onde deveria haver um passeio livre, há uma máquina de lavar sendo vendida em 12 prestações. A vaga de estacionamento para deficientes é ocupada por motocicletas.
No Centro, há 763 vagas de estacionamento do tipo Zona Azul, 19 para idosos e 43 para deficientes físicos. Normalmente, o trânsito da área é fiscalizado por duas viaturas, duas motos e equipes a pé da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC). Em dezembro, esse efetivo ganha reforço de mais uma viatura e duas motos. É pouco. A proximidade do Natal transforma o Centro num caldeirão. Caminha-se por horas sem topar com fiscalização, e os exemplos de irregularidade se multiplicam.
Na avenida Monsenhor Tabosa, a situação é um pouco diferente. Como quase toda a extensão da via seja Zona Azul, restam poucas vagas para estacionar sem pagar alguma taxa. Ainda assim, é possível dar de cara com algum carro parado sob a placa de “É proibido estacionar”. Note-se que a Monsenhor Tabosa é uma das vias mais fiscalizadas da cidade. De acordo com a AMC, “é importante reforçar que não haverá nenhuma alteração ou liberação nas vagas de estacionamento, o Zona Azul continuará tendo validade no mês de dezembro e as demais normas de trânsito deverão ser cumpridas”.
No espremidinho do Centro, não há espaço sequer para o condutor do carrinho de água mineral, que desvia do trânsito em manobras arriscadas. “A gente tem que subir a calçada para sair do canto”, diz Francisco Matias, 39.
Quando
ENTENDA A NOTÍCIA
O Natal transforma o Centro, normalmente tumultuado, em uma praça de guerra onde o atropelo do trânsito dificulta mais ainda a vida dos pedestres. Trafegar na área no período de compras é uma aventura.
