TRÂNSITO CAÓTICO
Como se já não bastasse a ocupação irregular do espaço público, camelôs já tomam parte das ruas para vender mercadoria
Quem tentou dirigir entre as Ruas Conde D´eu, Costa e Silva e avenidas Leste-Oeste, Alberto Nepomuceno e Monsenhor Tabosa na manhã de ontem, no Centro, teve uma ingrata surpresa. Isso porque feirantes ainda continuam expondo seus produtos nas calçadas e, agora, ocupam parte das vias. A fila de carros deixou motoristas impacientes. O empresário Fernando Augusto, 42, esperou15 minutos para sair da frente do Mercado Central e chegar na Avenida Monsenhor Tabosa. “É um absurdo isso ficar desse jeito. Nada contra os comerciantes, mas era para existir um espaço para eles em outro local”, afirmou. Alguns feirantes tentam se justificar. É o caso de João Paulo Sousa, 36, que trabalha no local há cinco anos. No seu ponto de vista, a prefeitura era para criar um espaço para eles venderem seus produtos. “Já que nós não temos um lugar fixo o jeito é se instalar aqui”, afirmou. Já a feirante Aldazira Meneses Furtado, 42, diz que as mercadorias foram para pista porque o número de feirantes cresceu nos últimos anos. “É muita gente. E não tem espaço. As calçadas não comportam mais os nossos produtos “, disse.
Trânsito
A Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) disponibiliza seis agentes para organizar o trânsito no trecho onde acontece a feira. Segundo o agente Baima, os agentes trabalham em três postos. O primeiro em frente ao prédio da Sefaz, o segundo no viaduto da Avenida Leste-Oeste e o terceiro no Mercado Central. “Nós tentamos organizar o tráfego, mas infelizmente fica difícil devido a invasão dos feirantes não só nas calçadas, como nas vias. O que podemos fazer é tentar amenizar a situação que é complicada”, disse.
O prefeito Roberto Cláudio já mencionou que trabalha para tentar resolver o problema. Para isso, o titular da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), Régis Dias, informa que, nos próximos meses, a atual gestão deve apresentar algumas dessas soluções. O novo gestor diz que estão sendo realizados encontros constantes com os feirantes e que essas reuniões serão feitas periodicamente e registradas em ata.
O secretário avisa que foi orientado a buscar melhorias para todos por meio do diálogo. Afirmou que ainda há muito o que planejar, mas informou que já ficou decidido entre as lideranças que as prioridades para o bairro são limpeza e melhoria na segurança. Informou também que a retirada dos camelôs dos locais públicos será necessária, principalmente, no que diz respeito à mobilidade.
Sobre a transferência de ambulantes que ocupam calçadas e praças para camelódromos, Régis Dias falou que isso requer muitos investimentos e não tem como ser feito em curto prazo. “Nossa ideia é que todos os passeios públicos sejam liberados para a população e que, assim, possamos ter mais segurança, tranquilidade e mobilidade urbana”, afirmou o secretário.
Fonte Diário do Nordeste