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Bancos públicos oferecem R$ 2,3 bi em crédito no Ceará

By 19/09/2011No Comments

para obrigações de fim de ano
Período do último quadrimestre é sempre caracterizado por um aumento da atividade econômica

Nesse período de fim de ano, as empresas cearenses necessitam de capital para arcar com o pagamento do 13º de seus funcionários e acabam recorrendo aos bancos  KID JÚNIOR

Nesse período de fim de ano, as empresas cearenses necessitam de capital para arcar com o pagamento do 13º de seus funcionários e acabam recorrendo aos bancos KID JÚNIOR

Chega o último quadrimestre do ano, o chamado ´B-R-O-bró´, e as empresas começam a se preocupar com seu caixa: precisam financiar o 13º salário dos seus funcionários e aumentar o capital de giro. Afinal, o período é sempre caracterizado por um aumento da atividade econômica, com maior demanda sobre os setores da indústria, comércio e serviços. Diante destas necessidades, os bancos públicos estarão ofertando às empresas de setembro até dezembro, montante aproximado de R$ 2,3 bilhões. O valor do crédito é destinado tanto a grandes empresas, como para as de micro e pequeno portes, através das instituições financeiras: Banco do Nordeste, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

A oferta vem como resultado da continuidade da política de incentivo ao setor produtivo promovida pelo governo federal, que tem apontado o crédito como a alavanca dos negócios no País – com destaque para as micro e pequenas empresas, que antes enfrentavam maior dificuldade na obtenção de financiamentos. Os bancos garantem que burocracia vem sendo reduzida, assim como os juros, estimulando a obtenção de empréstimos, inclusive, para a criação de novos empreendimentos – finalidade antes também dificultada, pela falta de garantias pelos empreendedores iniciantes.

BNB

O BNB é responsável pela maior quantia deste total. O banco informa que, para os quatro últimos meses deste ano, estão disponíveis para contratação no Ceará recursos da ordem de R$ 1,9 bilhão. Estes valores, explica sua assessoria de imprensa, são provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Programa de Microcrédito Urbano Produtivo e Orientado (Crediamigo), do Programa de Microcrédito Rural Produtivo e Orientado (Agroamigo), do Recursos Internos (Recin), entre outras fontes.

A maior parte dos recursos está disponível para empreendimentos de grande porte. São R$ 792,1 milhões para esta clientela, que já contratou, de janeiro a agosto deste ano, R$ 897,2 milhões. Entretanto, as pequenas empresas tiveram grande avanço nos aportes destinados a elas, que já se aproximam do dedicado às grandes. São R$ 771,4 milhões de setembro a dezembro às empresas com faturamento anual variando entre R$ 240 mil e R$ 2,4 milhões. Estas já contrataram até agosto R$ 5,8,2 milhões. Para as microempresas, que têm faturamento de até 240 mil, estão disponíveis outros R$ 372 milhões.

O crédito do BNB pode ser destinado a investimento e capital de giro, para empresas dos diversos setores econômicos: comércio, serviço, indústria, agroindústria e rural. As finalidades podem ser: implantação, expansão, modernização e relocalização.

Segundo o superintendente estadual do Ceará, Isidro Moraes de Siqueira, o prazo para pagamento pode ser de até doze anos, incluídos até quatro anos de carência, de acordo com o projeto de investimento e com a capacidade de retorno do empreendimento.

“Como garantia, o cliente pode oferecer hipoteca, alienação, penhor, fiança, aval. E o limite de financiamento chega a 100% do valor projetado para micro e pequenas empresas e até 90% e 80% para médias e grandes empresas, respectivamente”, reforça o superintendente.

Caixa

A Caixa oferece crédito para capital de giro e financiamento do 13º salário, e está disponibilizando até dezembro um orçamento previsto de R$ 100 milhões para empresas de todos os portes no Estado. Os recursos provém da própria instituição e do Programa de Integração Social (PIS).

A instituição oferece quatro possibilidades de obtenção de financiamento: Crédito Especial Empresa – Prefixado; Crédito Especial Empresa – Pós-fixado; GiroCaixa Fácil – MPE – Prefixado e GiroCaixa – Pós-fixado. As duas primeiras não apresentam limite para o valor do empréstimo, indo de acordo com a capacidade de pagamento e valor da folha da empresa. O Crédito Especial é destinado ao financiamento de 13º salário e a capital de giro sem destinação específica. Já a linha Girocaixa limita o financiamento a R$ 30 mil para a modalidade pós-fixada a empresas de qualquer porte que possuam folha de pagamento pela Caixa e a R$ 15 mil para as que não possuam. A modalidade pré-fixada é destinada às micro e pequenas empresas, e o valor máximo é de R$ 60 mil.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil, por sua vez, pretende investir até o fim do ano R$ 346 milhões em empréstimos para empresas cearenses, o que equivale a um crescimento de aproximadamente 19% na carteira de crédito do BB no Estado, envolvendo negócios no Varejo e no Atacado, que totalizam atualmente aproximadamente R$ 1,81 bilhão. O banco, reforça, contudo, que estes valores são uma previsão do banco, mas que não há limites para o investimento, sobretudo para as linhas próprias da instituição.

O banco também oferece linhas para viabilizar o pagamento do 13º salário dos seus empregados pelas empresas, incluídos os encargos sociais. A vantagem que o banco vem oferecendo é o início do pagamento destes recursos somente em 2012.

O BB também oferece as linhas Cartão BNDES, exclusivo para as MPEs, e o Finame Empresaria PSI, para empresas de qualquer porte. A primeira financia até 100% do valor de bens de capital e também de alguns insumos, como farinha e borracha. Já a segunda financia bens de capital, como máquinas e veículos. Para capital de giro, há as linhas Giro Empresa Flex e Progeren. Já por meio da linha Giro Cartões, o lojista pode contratar capital de giro com base no faturamento médio nas vendas em cartão. O limite do valor contrato, que antes podia chegar a 6 vezes o do faturamento, agora pode chegar a 8 vezes.

SÉRGIO DE SOUSA
REPÓRTER

Fonte http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1043606

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