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Iniciativa busca formar 60 grupos de artesãos

By 20/08/2011No Comments

foco no mundial de futebol
Trabalhadores que atuam em diversas atividades participaram de workshop visando lucrar com a Copa


Um projeto piloto que pretende capacitar artesãos para lucrarem com a Copa de 2014 foi iniciado ontem no Sebrae, envolvendo grupos de artesanato de oito regiões cearenses.

A iniciativa integra o Programa de Artesanato da instituição no Ceará, que pretende formar nos próximos quatro anos 60 grupos de artesãos em todo o Estado. De acordo com a gestora do Programa e coordenadora do workshop de artesanato com foco na Copa, Júniar Ellyan o treinamento ocorrerá em quatro etapas. “Depois dos oito grupos selecionados para a fase piloto em 2011, serão treinados outros 20 grupos em 2012, mais 25 em 2013 e seis na última etapa, em 2014”, antecipa.

Redes do Cariri

Ontem, participaram do workshop de estreia grupos do Cariri (fabricação de redes), de Itaiçaba no Litoral Leste (palha de carnaúba), o Grupo de Costureiras e Artesãos de Paracuru (Gcap) do Escritório Regional Metropolitano (bordado), o grupo Aafeto do Escritório Regional do Baixo Jaguatribe (renda de filé), os artesãos da Comunidade de Carqueijo na Zona Norte (tecelagem), o grupo do Ceará Design de Quixeramobim no Sertão Central (semijoias), do Escritório Regional do Maciço de Baturité (trabalhos em madeira), e o grupo Aproarti de Icó no Centro-Sul do Estado (bordados em rococó).

Produtividade conta

“Esses grupos foram selecionados pelo grupo gestor, com base em critérios de produtividade, nível de organização do grupo, quantidade de cursos que já participaram, entre outros requisitos. A Copa exigirá trabalhos de qualidade e volume, então eles precisarão ter requisitos básicos para atender às demanda do evento”, explica Ellyan.

Segundo ela, todos os treinamentos serão formulados com base nos cinco eixos previstos no Programa de Artesanato do Sebrae Ceará.

Prospecção

“O primeiro contempla estudos e pesquisas para identificar público-alvo e ícones culturais locais que podem ser trabalhados como produto. A gestão do negócio vem em segundo lugar. Outros eixos são inovação tecnológica, acesso ao mercado e políticas públicas”, lista. Ao longo do dia, além da apresentação do Programa de Artesanato 2011/2014, os artesãos aproveitaram para esclarecer dúvidas sobre questões legais e de logística durante as apresentações da Sefaz, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, CDL e Correios. O grupos apresentaram também amostras de produtos, o histórico dos grupos e receberam orientações para trabalharem coleções para a Copa 2014.

Contemplados

8 regiões cearenses tiveram artesãos incluídos no programa do Sebrae que capacitará profissionais para a Copa

MICROS E PEQUENOS
Do bordado ao serviço na pousada com lucratividade

Comunidade de costureiras e bordadeiras já está desenvolvendo produtos com a “cara e as cores da Copa”

De olho na Copa de 2014, mais de 800 pessoas, entre microempresários e empreendedores individuais, debateram ontem, no Marina Park em Fortaleza, sobre as possibilidades e condições para participação dos pequenos negócios na economia a ser gerada pelo Mundial. Palestras, exposição de produtos e troca de ideias marcaram a programação do IV Encontro Estadual das Micro e Pequenas Empresas (Festmicro) realizado pela Federação das Associações de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Femicro), com o apoio da TV Diário.

Inserção

De acordo com a presidente da Femicro, Dalvani Mota, 19 associações são ligadas à Federação, reunindo em torno de 16 mil empreendedores formais ou em processo de formalização. O objetivo, segundo ela, é inserir os pequenos na Copa. “Os micros e pequenos poderão se beneficiar atuando na recepção dos visitantes, trabalhando em empresas de transporte, em pequenos restaurantes, lanchonetes e pousadas, na indústria têxtil e de confecções, como também na construção civil, agregando serviços às grandes construtoras”, sugere. O evento é uma das ferramentas utilizadas pela Federação para promover a inserção. “Todos vão sair daqui sabendo como participar economicamente da Copa, entendendo a importância da inovação e da exportação para os negócios, além de conhecerem as linhas de crédito disponíveis no mercado para aumentar o capital de giro dos micro empreendedores”, diz.

Comunidade se integra
A empreendedora individual, Glória Maria Silveira dos Santos, integra a Comunidade do Conjunto Vila Velha, que reúne 20 empreendedoras. Juntas elas produzem confecções e bordam. “Nós costuramos e fazemos bordado de ponto cheio sob encomenda. Temos um cronograma de trabalho em dois turnos. De acordo com o pedido produzimos hoje entre 100 e 150 peças por semana, mas estamos capacitando mais 15 pessoas e queremos investir na ampliação da nossa estrutura para faturar com a Copa de 2014”.

Segundo ela, a comunidade de costureiras e bordadeiras já está desenvolvendo produtos com a “cara e as cores da Copa”, que devem ser vendidos aos turistas. “Até 2014 queremos aumentar em pelo menos 40% nossa produção e faturamento. A ideia também é triplicar o número de profissionais e de máquinas de costura, que atualmente são em número de 15. Esse encontro é uma oportunidade de conhecermos e acessarmos financiamentos para investir na ampliação do nosso negócio”, completa. (AC)

ÂNGELA CAVALCANTE
REPÓRTER

Fonte http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1029156

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