Salve Jorge!
Espero que todos estejam bem e hoje principalmente, na fé desse grande guerreiro, São Jorge.
A nossa vida é uma grande batalha, e precisamos da força e do exemplo de vida de pessoas que lutaram incansavelmente em defesa da Luz.
Maria Augusta Machado explica claramente a relação de São Jorge como Arquétipo, Santo e Orixá, um livro muito bom de se ler e conhecer sobre São Jorge.
Rio de Janeiro, março de 2008.
São Jorge foi um soldado do exército romano que recusou-se a negar sua fé cristã. Foi decapitado na perseguição do Imperador Diocleciano aos cristãos no ano de 303, na Palestina. O culto a São Jorge foi introduzido no Brasil pelos portugueses, que por sua vez, tiveram o culto ao Santo introduzido em Portugal através dos cruzados ingleses durante a Reconquista
São Jorge foi padroeiro do Estado do Rio de Janeiro até 1910, quando perdeu o posto para São Sebastião, mas isso não diminuiu a fidelidade de seus devotos.
A data tornou-se feriado na cidade do Rio em 2002, somente a partir de 2008 é que a data tornou-se feriado em todo o Estado do Rio de Janeiro.
SÃO JORGE É VENERADO DESDE O SÉCULO IV
O culto a São Jorge vem do século 4 dC. O soldado foi martirizado na Palestina no dia 23 de abril de 303. Foi torturado e teve a cabeça cortada, em Nicomédia, devido a sua fé cristã.
Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lídia (antiga Dióspolis), onde foi sepultado, e onde o imperador cristão Constantino (que depois de vários imperadores anti-cristãos converteu-se e ao império à religião cristã) mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis. Seu culto espalhou-se imediatamente por todo o Oriente. No século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, foram erguidas quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, na Grécia, no Império Bizantino (a região oriental do Império Romano, que tinha capital em Bizâncio, depois, Constantinopla) São Jorge era inscrito entre os maiores Santos da Igreja Católica.
É a ordem mais antiga do mundo, assim como, é a mais antiga Ordem de Cavalaria britânica, à qual pertencem a Rainha, o Príncipe de Gales (“Royal Knight Companion”) e um número máximo de vinte e quatro Cavaleiros (“Companions”).
O número de Cavaleiros da Ordem da Jarreteira (“Knights and Ladies Companion”) é bastante reduzido.
A Monarca é a Grã-Mestre desta Ordem.
Por considera-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o inglês Ricardo Coração de Leão, comandante de uma das primeiras Cruzadas, já tinha constituído São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam conquistar a Terra Santa.
Ainda durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos da guerra.
São Jorge, padroeiro dos Escoteiros
Dia 23 de abril também é comemorado em todos os Continentes, o Dia Mundial do Escoteiro, movimento instituído pelo educador inglês Robert Baden Powell, na Inglaterra, em 1907 e, no Brasil, três anos depois.
O padroeiro do escotismo escolheu o Dia de São Jorge, conhecido como o santo guerreiro, para festejar a cultura que visa desenvolver as habilidades, o altruísmo e a disciplina dos jovens.
O Exército Brasileiro também tem São Jorge como Padroeiro da Cavalaria.
.Os Dragões da Independência são 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (1º RCG), é uma unidade militar que pertence ao Exército Brasileiro, estando ligada ao Regimento de Cavalaria do Exército.
Dragões da Independência |
A correspondência astrológica continua presente: é outro aspecto de Áries/Marte, mais harmônico e direcionado, se bem que na essência a simbologia seja a mesma. Ambos são deuses do corte, das armas, da força, da energia masculina, da iniciativa, do combate, da coragem, da adrenalina.
Quando o Cristianismo supera os cultos pagãos entre gregos e romanos, os velhos cultos a Ares e a Marte infiltram-se discretamente nas novas crenças até encontrarem em São Jorge uma figura que incorpora muitas das mesmas características. O santo-guerreiro também porta a armadura e o elmo de ferro, as armas pontiagudas, e está sempre envolvido na batalha, a mesma atividade que ocupava o melhor dos esforços de seus antecessores. São Jorge é, assim, a versão cristianizada de Ares e Marte, que submete a energia ariana a um propósito mais elevado.
Conta que Jorge era filho de Lorde Albert de Coventry e que sua mãe teria morrido ao dá à luz. O recém nascido Jorge, teria sido roubado pela Dama do Bosque para que pudesse, mais tarde, fazer proezas com suas armas. O corpo de Jorge possuía três marcas: um dragão em seu peito, uma jarreira em volta de uma das pernas e uma cruz vermelho-sangue em seu braço. Ao crescer e adquirir a idade adulta, ele primeiro lutou contra os sarracenos e, depois de viajar durante muitos meses por terra e mar, foi para Sylén, uma cidade da Líbia. Nesta cidade, Jorge encontrou um pobre eremita que lhe disse que toda a cidade estava em sofrimento, pois lá existia um enorme dragão cujo hálito venenoso podia matar a todos. Cuja pele não poderia ser perfurada nem por lança e nem por espada. O eremita informou que todos os dias o dragão exigia um sacrifício, o de uma bela donzela e que todas as meninas da cidade haviam sido mortas e agora só restava a filha do rei, Sabra, que seria sacrificada no dia seguinte ou dada em casamento ao campeão que matasse o dragão.
Ao ouvir a história, Jorge ficou determinado em salvar a princesa. Ele passou a noite na cabana do eremita e quando amanheceu partiu para o vale em busca do dragão. Ao chegar lá, viu um pequeno cortejo de mulheres lideradas por uma bela moça vestindo trajes de pura seda árabe. Era a princesa, que estava sendo conduzida pelas mulheres para o local do sacrifício. Jorge se colocou na frente das mulheres com seu cavalo e convenceu a princesa a voltar para casa.
O dragão, ao ver Jorge, sai de sua caverna, rosnando tão alto quanto o som de trovões e acaba morto por Jorge, que enterra sua lança na garganta do bicho.
O rei teria que dar sua filha em casamento a Jorge, mas como não queria casá-la com um cristão, envia o guerreiro para a Pérsia e ordena que seus homens o matem. Jorge se livra do perigo e rapta a princesa Sabra levando-a para a Inglaterra, onde se casa e vive feliz com ela até o dia de sua morte, na cidade de Coventry.
A constante guerra em prol do Amor maior é o exemplo de vida que podemos ter de São Jorge.
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