Começou por volta da meia-noite desta sexta-feira (26) a remoção dos ambulantes localizados na Praça da Estação, no Centro da Capital. Agentes da Prefeitura e policiares iniciaram a ação e, segundo o secretário da Regional do Centro (Sercefor), Régis Dias, não há prazo para o término da operação.
Os motivos para a retirada são vários, apontou o secretário. Segundo ele, o espaço se transformou em foco dos mosquitos da dengue. Água era acumulada nas lonas das barracas. Alguns dessas tendas estavam inclusive abandonadas pelos proprietários, acrescentou Régis Dias.
Problemas com a higiene também foram constatados no local. Na Praça da Estação haviam cabeleleiros ao ar livre, assim como vendedores de comida. Um terceiro ponto crítico é a marginalização do espaço. Usuários de drogas e assaltantes se utilizavam de algumas barracas como esconderijo.
A retirada dos equipamentos foi realizado também a pedido do Ministério Público, que pressiona a Prefeitura para a desocupação de espaços públicos, afirmou o secretário do Centro.
Quase metade dos ambulantes ficarão sem local para comercializar
Atualmente existem 468 comerciantes na Praça da Estação, porém apenas 250 deles serão realocados no Centro de Pequenos Negócios (CPN). A escolha para quem vai ocupar essas vagas será realizada baseada na assiduidade nas chamadas feitas diariamente desde fevereiro, quando começou as negociações da Prefeitura com os ambulantes. O restante deles terão que procurar locais privados para se instalarem, afirmou o secretário do Centro, Régis Dias.
O espaço da Praça da Estação será utilizado como estacionamento para a Pinacoteca do Estado do Ceará, que deve ser instalada nos antigos armazéns de ferro da estação ferroviária.
As informações são da repórter Vanessa Madeira